segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tudo tem o seu tempo (experiência precoce)

Já viram um recém-nascido a andar? Há um tempo para aprender a andar determinado pelas forças da maturação que determinam quando a criança está pronta a andar. O andar vai-se tornando mas gracioso e coordenado á medida que os movimentos inúteis são eliminados.
E a falar? A aquisição da linguagem resulta da interacção da experiência com a maturação. As crianças não começam a falar antes de atingirem certo nível de maturidade física conjugado com as suas experiências, ou seja, com a linguagem que ouvem os outros a falar. De igual forma, as crianças não adquirem certas habilidades intelectuais e cognitivas enquanto não tiverem atingido determinado grau de maturidade. Por exemplo, até ao estagio que Piaget denomina operatório (aprox. entre 6 e 7 anos) as crianças só conseguem lidar com objectos, não conseguem lidar com ideias ou conceitos.
Após alguns estudos pode constatar-se que em alguns comportamentos a experiência precoce tinha pouco ou nenhum efeito, que noutros essa prática era benéfica, e noutros era mesmo prejudicial. Portanto, deveria existir um meio termo entre estimular a criança a praticar novas actividades e relaxar, deixando que a natureza leve o seu próprio tempo. 
Visto que o tempo crítico é um período favorável à aquisição de determinada competência, é importante saber-se quando ocorrem para não induzirmos a criança a realizar determinada actividade quando os seus nervos e músculos não estão ainda preparados, prejudicando assim a aprendizagem. Estes períodos críticos pensa-se que coincidem com os períodos de crescimento rápido.

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