terça-feira, 29 de março de 2011

        "A atitude natural perante o mundo produz, a partir das experiências vividas pelos homens, um tipo particular de conhecimento geralmente designado por Senso Comum."


       
        Qualquer pessoa que seja isolada do ambiente social fica privada dos conhecimentos acerca da interacção que é fornecida pelo meio. Ou seja, não é fácil adquirir "saber" sem ter contacto com as coisas que o transmitem.
        Se a tua família não te faculta oportunidades para desenvolveres um conhecimento vasto sobre todas as questões da sociedade, não terás a mesma qualidade e quantidade de informação para partilhares com os que te rodeiam.
        Até para sobreviver necessitamos de experiências de vida que nos foram fornecendo um grande conjunto de conhecimentos para servir de base às nossas acções e decisões do dia-a-dia, de relacionamento com outros homens e de adequação ao meio em que vivemos.
 
 

Hereditariedade vs Meio

O presente documentário traz uma abordagem de casos de seres humanos que cresceram longe de qualquer convívio com algum ser humano. Absolutamente isoladas sem condições de aprender a realizar tarefas básicas de seres humanos. Muitas até mesmo criadas com e por animais, de modo que crescem e quando são encontradas apresentam comportamentos que se assemelham aos animais com que viveram dentre outros distúrbios graves, e a certeza de que elas serão para sempre incomunicáveis.
A Génie não se desenvolveu apesar de estar geneticamente preparada para isso, não foi estimulada nem posta em contacto com o meio o que fez com que o seu desenvolvimento ficasse “estagnado”.
Sem dúvida que o desenvolvimento da linguagem é um factor genético, porque só o ser humano é capaz de falar e escrever, mas as potencialidades para a conduta verbal só se manifesta em virtude do relacionamento com as outras pessoas.
         Assim podemos concluir que a hereditariedade atribui características ao ser humano que precisam de um meio favorável para se desenvolver.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Kurt Koffka, Max Wertheimer, Wolfgang Kohler


A psicologia da Gestalt desenvolveu-se para que se concebesse o homem como uma totalidade. O objectivo desta escola foi determinar os princípios que determinam e organizam a nossa percepção, ou seja, o modo como estruturamos a realidade:
- Um conjunto é mais do que a soma das partes que o constituem.
- A forma é a melhor possível nas condições presentes. (PRINCÍPIO DA BOA FORMA)

Figura - Fundo
Segundo Max Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka, o conhecimento do mundo e todo o nosso comportamento varia de acordo como nós percepcionamos as coisas.
Temos como princípios do gestaltismo a emergência (a percepção da emergência da totalidade precede a identificação das partes), a construção generativa (a percepção construída contém informação espacial mais completa que as partes), a multi-estabilidade (as experiencias perceptuais ambíguas são alternativamente globais e multi-estáveis) e por fim a invariância (a percepção dos objectos geométricos é invariante relativamente à distancia e à perspectiva visual). 

Kohler, estudou o modo como os chimpanzés lidavam com situações problemáticas, tendo chegado à conclusão que possuíam a capacidade de organizar os diversos elementos de uma situação num todo coerente permitindo assim encontrar a solução para o problema.

Jean Piaget


Jean Piaget
O construtivismo partindo do princípio de que o desenvolvimento intelectual é determinado pela conexão do sujeito com o meio, tenta explicar como é que a inteligência humana se desenvolve.
Jean Piaget, no seu trabalho, centrou-se no desenvolvimento da inteligência infantil, de maneira a tentar perceber como é que o humano construía o seu conhecimento dando origem à epistemologia genética. Distinguiu então quatro estádios de desenvolvimento intelectual: sensório-motor, pré-operatório, operações concretas e operações formais.
Segundo Piaget, quando o ser humano adquire novos conhecimentos, adopta dois procedimentos: a assimilação e a acomodação.

Sigmund Freud


A psicanálise, disciplina fundada pelo neurologista Sigmund Freud, é uma ciência que tem como objecto o inconsciente (tudo aquilo que está fora do alcance da consciência).
O método psicanalítico de Sigmund Freud consistia em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente lhe mostrava, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente.