segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tudo tem o seu tempo (experiência precoce)

Já viram um recém-nascido a andar? Há um tempo para aprender a andar determinado pelas forças da maturação que determinam quando a criança está pronta a andar. O andar vai-se tornando mas gracioso e coordenado á medida que os movimentos inúteis são eliminados.
E a falar? A aquisição da linguagem resulta da interacção da experiência com a maturação. As crianças não começam a falar antes de atingirem certo nível de maturidade física conjugado com as suas experiências, ou seja, com a linguagem que ouvem os outros a falar. De igual forma, as crianças não adquirem certas habilidades intelectuais e cognitivas enquanto não tiverem atingido determinado grau de maturidade. Por exemplo, até ao estagio que Piaget denomina operatório (aprox. entre 6 e 7 anos) as crianças só conseguem lidar com objectos, não conseguem lidar com ideias ou conceitos.
Após alguns estudos pode constatar-se que em alguns comportamentos a experiência precoce tinha pouco ou nenhum efeito, que noutros essa prática era benéfica, e noutros era mesmo prejudicial. Portanto, deveria existir um meio termo entre estimular a criança a praticar novas actividades e relaxar, deixando que a natureza leve o seu próprio tempo. 
Visto que o tempo crítico é um período favorável à aquisição de determinada competência, é importante saber-se quando ocorrem para não induzirmos a criança a realizar determinada actividade quando os seus nervos e músculos não estão ainda preparados, prejudicando assim a aprendizagem. Estes períodos críticos pensa-se que coincidem com os períodos de crescimento rápido.

domingo, 29 de maio de 2011

Estádios da teoria freudiana

Freud descobriu que durante os primeiros anos de vida as crianças passam por uma sequência de estádios emocionais do mesmo modo que Piaget descobriu que as crianças atravessam uma sequência de estádios de desenvolvimento cognitivo. Foi a partir do seu trabalho com pacientes adultos que, ao reconstituir as suas histórias de vida desde a infância, elaborou os cinco estádios de desenvolvimento psicossexual, desde do nascimento até à adolescência.

Estádio Oral (0-1/2 anos)
As sensações de prazer do bebé são centradas na boca, a zona erógena dominante é a região buco-labial. Dá-se a formação do ego e numa primeira fase o bebé tira prazer através da sucção e numa segunda fase, quando os dentes já estão a crescer, mordem.

Estádio Anal (2-3/4 anos)
As sensações de prazer da criança estão centradas nos órgãos esfincterianos (vesical e anal). Fase de interiorização das primeiras regras. Sente prazer em sujar mas por outro lado quer agradar à mãe portanto tenta cumprir a regra. Os precursores do superergo.

Estádio Fálico (4-6 anos)
As sensações de prazer estão centradas nos órgãos genitais (exploração). Dá-se o apogeu da sexualidade infantil, a criança apercebe-se que existe diferenciação de genes, surge a curiosidade.
Neste estádio surge o complexo de Édipo: atracção pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para com o outro progenitor. Mais tarde tornar-se-à modelo, conduzindo à formação do superego.

Estádio de Latência (6 anos até à puberdade)
Neste estádio dá-se um adormecimento da sexualidade e a energia é investida na aprendizagem escolar. Surge uma forte centração nas relações sociais, familiares, escolares. Não existe uma zona erógena definida.

Estádio Genital (a partir da adolescência)
Nova activação da sexualidade que coincide com a puberdade. Surgem relações afectivas fora da família e a autonomia relativamente aos pais. Zona erógena centrada nos órgãos genitais (maturação).

Freud introduziu um novo conceito de ser humano e realça a importância das relações afectivas e da sexualidade na infância.

Desenvolvimento Pessoal - Freud

Nascido no ano de 1856 em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do nosso século), trabalhou na elaboração da psicanálise.
A Psicanálise é ao mesmo tempo um modo particular de tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes; uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento.
O objectivo de estudo para Freud é chegar às zonas inconscientes do psiquismo.

Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente:
·         Consciente: diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento. Normalmente, é no consciente que estas capacidades se desenvolvem, apesar de funcionarem intimamente conjugadas com o sistema do inconsciente. Neste nível, nós conseguimos controlar voluntariamente o consciente consoante as necessidades e exigências do ser humano.
·         Pré-Consciente: relaciona-se com os conteúdos que podem facilmente chegar à consciência. O Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. Sem dúvida, que no Pré-Consciente funciona como um pequeno arquivo de registos, constituído por conhecimentos armazenados, memórias, etc.
·         Inconsciente: refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo. Os desejos inconscientes, essencialmente, os de natureza sexual, possuem um dinamismo próprio que na determinação do comportamento humano são superiores aos dos fenómenos conscientes. A grande parte da nossa vida psíquica realiza-se no inconsciente.


















 
A II tópica de Freud divide-se no ID, Ego e Superego.
ID é a zona inconsciente primitiva, instintiva constituída por pulsões e desejos. Rege-se pelo sentido do prazer, é o reservatório do libido.
Ego é a zona fundamental do consciente que se rege pelo princípio da realidade. É o mediador entre as pulsões inconscientes do ID e do mundo real sob vigilância do superego.
Superego é a zona de psiquismo que resulta do processo de socialização (interiorização de normas e valores sociais e morais) é a componente ética do psiquismo. Pressiona o ego para controlar o ID.
Freud também é conhecido pelas suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana - libido. Ele abandonou o uso da hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como técnicas terapêuticas (método psicanalítico).

Desenvolvimento Cognitivo - Piaget

Piaget defendia que as crianças de todo o mundo evoluem através de uma série de estádios que se sucedem segundo uma ordem pré determinada. Ele sustentava que esses estádios diferiam não só quanto à quantidade de informação adquirida em cada um, mas também quanto à qualidade do conhecimento e entendimento. Numa perspectiva interactiva, ele defendia que a transição de uma estádio para o outro ocorria quando a criança atingia um nível adequado de maturidade e estava exposta a tipos de experiências relevantes. Sem essas experiências as crianças eram consideradas incapazes de atingir o seu nível mais elevado de crescimento cognitivo.

Os quarto estádios de Piaget são conhecidos como o estádio sensoriomotor, estádio pré-operatório, estádio das operações concretas e estádio das operações formais.

 
Estádio sensoriomotor - Desde o nascimento até aos 2 anos. Dá-se o desenvolvimento da permanência do objecto e capacidades motoras, existe pouca ou nenhuma capacidade de representação simbólica.

 Estádio Pré-operatório - 2 aos 7 anos. Observa-se um desenvolvimento da linguagem e pensamento simbólico, egocentrismo.

Estádio das Operações Concretas - 7 aos 12 anos. Há a aquisição do conceito de conservação, domínio do conceito de reversibilidade.

 
Estádio das Operações Formais - 12 anos até à idade adulta. Desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo e abstracto.

Problemas morais

I. Um menino que se chamava João está no seu quarto. Chamam-no para jantar. Ele entra na sala, mas atrás da porta havia uma cadeira. Sobre a cadeira estava uma bandeja e na bandeja havia 15 taças. O João não podia saber que tudo isto estava atrás da porta. Entra: o porta bate na bandeja e partem-se as 15 taças.

II.Havia um menino que se chamava Júlio. O seu papá não estava. Então o Júlio teve a ideia de divertir-se com o tinteiro do seu papá. Brincou um momento com a caneta e depois fez uma pequena mancha na toalha da mesa.

III. Havia uma menina que se chamava Maria. Quis fazer uma surpresa à sua mamã e cortar-lhe umas flores, mas não sabia como usar a tesoura, fez um grande corte no vestido.

Problemas a colocar às crianças e a partir das suas respostas pode verificar-se qual é o seu estádio de desenvolvimento moral.

Teste de Marshmelow

Arrisca-te a responder

1. O trem descontrolado

Um trem vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. Mas você tem a chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando as 5 e matando 1?
( ) Mudaria
( ) Não mudaria
2. O trem descontrolado (2)

Imagine a mesma situação anterior: um trem em disparada irá atingir 5 trabalhadores desprevenidos nos trilhos. Agora, porém, há uma linha só. O trem pode ser parado por algum objeto pesado jogado em sua frente. Um homem com uma mochila muito grande está ao lado da ferrovia. Se você empurrá-lo para a linha, o trem vai parar, salvando as 5 pessoas, mas liquidando uma. Você empurraria o homem da mochila para a linha?
( ) Empurraria
( ) Não empurraria
3. Os limites da promessa
Um amigo quer lhe contar um segredo e pede que você prometa não contar a ninguém. Você dá sua palavra. Ele conta que atropelou um pedestre e, por isso, vai se refugiar na casa de uma prima. Quando a polícia o procura querendo saber do amigo, o que você faz?
( ) Conta à polícia
( ) Não conta à polícia

Realmente são dilemas difíceis de responder sem parar e pensar um pouco antes. Mas e daí? Quem se arrisca?

MATURIDADE

"A verdadeira maturidade é atingir a seriedade de uma criança brincando." (Søren Kierkegaard)

"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança." (Friedrich Nietzsche)

"O ser capaz de viver em paz e tranquilidade durante algum tempo é testemunho de maturidade." (Irvine Page)

"A maturidade não passa de um longo percurso durante o qual se diz o que não deveria dizer-se. É isso precisamente a arte da conversação." (Oscar Wilde)

"Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças." (Cesare Pavese)

"Agora, em pleno ciclo da maturidade, percebi que as mudanças se processam lentamente e a gente vai se transformando com naturalidade, quase sem se dar conta." (Arlete Salles)

"O primeiro sinal de maturidade é descobrir que o botão de volume também vira para a esquerda." (Jerry M. Wright)

"Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)

"A maturidade começa quando estamos... Para sentir que estamos certos de alguma coisa, sem sentir a necessidade de provar que outra pessoa está errada." (Sidney J. Harris)

"A mulher chega à maturidade quando seus sapatos começam a incomodá-la mais do que os homens." (Aldo Cammarota)

"Um dos maiores ganhos da maturidade é a perda dos medos juvenis. Os problemas continuam existindo, mas 
são mais fáceis de serem contornados." (Maria Tereza Maldonado)

"Sua maturidade começa a crescer quando você começa a perceber que sua preocupação com os outros é maior que com si mesmo." (John MacNaughton)

"Na juventude, aprendemos; na maturidade, compreendemos."
(Marie von Ebner-Eschenbach)

"Errar é humano, tropeçar é comum. Ser capaz de rir de si mesmo é maturidade." (William Arthur Ward)

"A maturidade só chega quando se perdoa os pais." (Bertrand Russell)

"Maturidade é quando a ansiedade é menos ansiosa." (Fafá de Belém)

"A juventude é uma conquista da maturidade." (Jean Cocteau)

"Maturidade: Assumir a liberdade." (Herminio Castella)